O novo padrão tecnológico colocado em prática pelos EUA envolvia produção em larga escala e enormes quantias de capital. Desta forma, quando também temos em mente a maior eficiência e os menores custos de produção dos EUA, podemos compreender a impossibilidade de cacth up espontâneo por parte das demais economias de capitalismo atrasado.
O domínio deste padrão tecnológico e produtivo permitiu aos EUA a hegemonia política e econômica até meados dos anos 70, quando este modelo começa a entrar em crise e com a emergência de novos players Japão e Coréia, apoiados em políticas industriais bem construídas.
Diante desta crise, a manutenção do Império Americano apoiou-se na financeirização da riqueza e nos livres fluxos de capitais, que impôs a praticamente todo o globo. Vale lembrar que esta foi a mesma estratégia adotada pelos britânicos no final do século XIX, quando sua indústria entrou em declínio.
No entanto, com a gravidade da crise financeira é improvável que tenhamos o mesmo grau de abertura e alavancagem financeira, o que coloca em xeque a própria hegemonia dos EUA, ainda mais quando lembramos a disseminação tecnológica e criação de sistemas de inovação eficazes em boa parte da periferia, como na China, Índia, Coréia e Brasil. Os EUA encontram-se numa cilada, se sua indústria não é mais tão competitiva, a ponto de sustentar um império como outrora, também a possibilidade de manter a hegemonia com base nas finanças não existe mais.
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